Depois dos grupos de corrida, o que tem 
se tornado tendência em nossa cidade são os grupos de ciclismo. Não é 
raro vermos pelas ruas pessoas pedalando com trajes próprios para o 
esporte. Afinal de contas, a bicicleta abre um leque de possibilidades 
àqueles que aderem a essa modalidade.
Para quem já aderiu, não há a menor 
possibilidade de parar. “Praticar uma atividade física, interagir com 
outras pessoas, conhecer lugares que tinha vontade de conhecer em nossa 
região são alguns dos benefícios para mim”, conta Luciomar Carvalho.
Policial militar e adepto do pedal desde
 2011, Luciomar, que tem 47 anos, participa de um grupo de ciclismo de 
Arapongas, desde então. “Comecei porque queria praticar uma atividade 
física que tivesse contato com a natureza e também para interagir com 
outras pessoas”.
Adepto ao Mountain bike (também 
conhecido como ciclismo de aventura, que é realizado em locais abertos, 
com trilhas de terra bastante acidentadas, e que envolvem muitas subidas
 e descidas) já visitou diversos lugares como Bonito – MS, Serra do 
Cadeado e Foz do Iguaçú.
O grupo “Amigos e meninas do pedal de 
Arapongas” conta com 40 ciclistas que se reúnem todas as terças e 
quintas-feiras, aos sábados e, às vezes, aos domingos.
Apesar de adorar a bicicleta, Luciomar não a usa para ir ao trabalho. Assim como muitos dos cidadãos araponguenses.
Necessidade x incentivo
A necessidade de espaços próprios para ciclismo e o incentivo ao uso de bicicletas no dia a dia.
É mais 
cômodo e confortável usarmos automóveis para nos locomovermos, no 
entanto, o trânsito vem se tornando um problema. Nossa cidade não foi 
projetada para um número tão grande de automóveis, o que faz com que o 
fluxo em horários de pico aumente o tempo de locomoção, ao invés de 
diminuí-lo. Mas aqueles que preferem a bicicleta se deparam com um 
desafio diário: espaço.
Não há espaço suficiente em nossas vias 
para faixas duplas, faixa de estacionamento e ciclo faixas, tanto que, 
em toda a cidade, temos apenas a ciclovia do Parque Industrial até a 
zona sul reservada para os ciclistas.
O secretario municipal de Obras, 
Transportes e Desenvolvimento Urbano, Pedro de Marco Junior, explicou 
que “há um projeto em estudo para implantação de ciclo faixas em nossa 
cidade”. Segundo o secretário, há, no Plano de Mobilidade Urbana, 
projetos e metas para serem cumpridos ainda em 2015, e as ciclovias 
estão inclusas nesse plano. “Há todo um estudo por trás de um projeto 
como este. Mexer no trânsito não é simples. Antes de executá-lo é 
necessário um conjunto de ações de conscientização e educação”. Mas 
Pedro de Marco Jr. concorda que elas são necessárias. Contudo, grande 
parte dos motoristas nem sempre entendem que os benefícios que as faixas
 exclusivas para ciclistas trazem são maiores do que as mudanças que 
causam.
Temos o exemplo do prefeito de São 
Paulo, Fernando Haddad, que enfrentou críticas severas com a implantação
 das ciclovias. Mas, uma pesquisa feita pelo Datafolha mostrou que 80% 
dos paulistanos dizem ser a favor e 60% acreditam que a bicicleta é um 
meio viável de locomoção no dia a dia. Ainda mais próximo de nós, temos o
 exemplo do prefeito de Londrina, Alexandre Kireef, que, com verba do 
Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do governo federal, 
incluirá 106 km de ciclo faixas aos 17 km já existentes.
Quando essas mudanças forem feitas em 
Arapongas, o bom senso será necessário. “O ser humano se adapta às 
mudanças muito rápido, acredito que quando as faixas forem incluídas e a
 população se acostumar com elas, nosso trânsito mudará para melhor”, 
conclui Pedro de Marco Jr.
Fonte: Revista Dia a dia Arapongas (Por Thais Ludescher)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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