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Já
fazem umas duas semanas que fiz um pedal de longa distância. Fazia
muito tempo que não pedalava muito, e nesse dia bati meu recorde de
distância numa única pedalada. Foram 150 Km.Longe de um tratado sobre atividade física e treinamento de ciclismo, vou colocar aqui algumas impressões mais gerais sobre a pedalada de longa distância. Se quiser ler algo sobre treinamento, temos bons sites na internet e bons livros também (depois indico alguns).
Foram poucas as vezes que pedalei percursos acima dos 100 km. Minha maior pedalada antes dessa (144km) foi há mais de 5 anos. Mas andei fazendo outras esticadas de 130, 120km. Pra mim esses pedais são raros por alguns motivos: obviamente por serem muito cansativos, e por tomarem um tempo muito grande. Outro fator é a companhia. Não é sempre que estou animado de fazer sozinho, e por outro lado, é difícil arrumar um guerreiro disposto a te acompanhar numa dessas.
De qualquer maneira, nos 150 km recém percorridos percebi alguns detalhes que me ajudaram a chegar bem, apesar de não estar tão preparado como em outros tempos. Vamos a eles:
Hidratação:
Até aí nada de novo, pois sempre fui atento a essa questão. A cada 15, 20 minutos um pouco d’água. No caso de pedaladas de longa duração (acima de 2 horas) utilizo isotônico (Gatorade, água de côco, etc.) que também repõe sais minerais e tem carboidratos para manter a energia.Alimentação:
Aí uma grande diferença. Nas pedaladas longas que já fiz sempre levo bastante rango. Engano com umas barrinhas de cereal e o momento do “banquete”, com sanduiches, frutas etc. Se estiver em algum local com comércio, aproveito também alguma lanchonete ou padaria. O grande erro: sempre comia quando a fome chegava. Fazendo isso, sempre chegava um momento no pedal onde me sentia fraco (achava que era apenas devido ao cansaço) além de me sentir um saco sem fundo, e nada que eu comia resolvia. Deve ser feito como a hidratação, ou seja, devemos manter a ingestão de carboidratos para termos energia durante toda a pedalada. Dessa vez levei umas tirinhas de doce de banana, que ia comendo a cada 30, 40 min, durante o pedal (além da hora do rango mais pesado mesmo). Isso me deixou bem mais inteiro durante toda a pedalada , que totalizou pouco mais de 7 horas (de pedal girando, excetuando-se os descansos).Roupa de baixo:
Isso mesmo. A famosa cueca senhoras e senhores. Parece bobagem? Pedale por 7 horas com uma cueca slip. A costura provavelmente deixará a pele da virilha em carne viva. E se estou escrevendo isso, é porque infelizmente já aconteceu. Mas valeu a lição. Cuecas grandes, tipo boxer (tá na moda já faz um tempo).Conforto:
Bermuda acolchoada, selim confortável. Mamãe passou talquinho e cuidou tão bem, não vamos fazer pouco caso agora.Costas livres: nada de mochila, pochete ou mochila de hidratação. Da mesma forma, ao longo das horas, o pequeno peso vira um verdadeiro fardo a ser carregado, e a lombar que já é exigida por posições mais agressivas de pedalada vai abrir o bico. Se quiser opções, esse post do blog dá 10 alternativas para pedalar sem mochila.
Protetor solar:
Dispensa comentários.Resumo da ópera:
É claro que para fazer longas pedaladas é preciso o mínimo de preparo. Comece com distâncias menores, mantenha regularidade, e se animar, escolha um dia para esticar um pouco mais longe. Após o pedal mantenha a boa alimentação, e é claro, descanse. No caso de pedaladas longas, alguns desses pequenos detalhes podem fazer a diferença entre chegar bem, chegar um bagaço, ou voltar empurrando.Tem mais alguma dica? É só comentar.
Por www.ateondedeuprairdebicicleta.com.br
Revista Bicicleta
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