sexta-feira, 17 de maio de 2013

Método de Pedalada Ideal


DICAS E MAIS DICAS...KKKKKKK

Método de Pedalada Ideal


por Cleber Ricci Anderson - revista "Bike Action" nº 40

Devido ao grande sucesso de meu método, de cartas que recebi com elogios e depoimentos emocionados de ciclistas, triatletas, mountain bikers e até de "macacos velhos" que redescobriram suas pedaladas e melhoraram suas performances, resolvemos reeditá-lo na íntegra - aliás, com algo a mais. Tudo isso para que você possa também pedalar melhor. Se quiser sair na frente de seus amigos, não conte para eles!

Antes de mais nada, preocupe-se em acertar sua pedalada, separando um dos treinos da semana somente para isso - e, depois, utilizando o método como aquecimento de seus treinos daqui para frente.

O método visa o controle neuromuscular. Quanto mais é feito, mais a pedalada ideal entra no subconsciente e os movimentos ficam cada vez mais naturais.

Geralmente, todo mundo pensa que pedalar é fácil e que, como é só empurrar os pedais para baixo alternadamente, o futuro ciclista acha que já sabe pedalar e pode começar a pensar na periodização de seu treinamento visando essa ou aquela competição.

É uma tradição no ciclismo, que no Brasil foi esquecida, principalmente pela escassez de técnicos especializados em ciclismo e mountain bike nas últimas décadas. É um velho ensinamento, que acabou ficando para trás porque todo ciclista, profissional ou não, quando começa a temporada, depois de um mês sem praticamente tocar na bicicleta, deve voltar aos treinamentos específicos girando - ou seja, pedalando numa cadência (pedaladas por minuto) mais elevada. Era comum nas bikes de estrada substituir a catraca por um pinhão fixo, como nas bikes de pista - mantendo uma única relação leve, geralmente perto de 42x18 dentes.

Na periodização do treinamento, a fase do giro deve ser a primeira do treinamento, antecedendo a de resistência. É dada ênfase ao giro, à adaptação ao movimento e à sinestesia (a percepção do movimento, desenvolvendo o sistema neuromuscular). Essa fase normalmente dura um mês. No final dessa fase, deve existir a transição com a fase de resistência e do treinamento mais pesado, alternando os treinos de longa distância com os treinos de giro. Para quem vem do sedentarismo, deve-se esticar o giro por mais tempo - assim como para aqueles que ainda não conseguiram desenvolver totalmente a pedalada redonda. É como na musculação. Quando você nunca fez ou ficou muito tempo parado, precisa passar pela adaptação ao movimento, utilizando carga mais baixa nos aparelhos. Somente depois que os músculos estiverem preparados e sabendo como fazer a força, você pode executar os movimentos com uma carga maior.

Giro certo

Imagine-se subindo uma longa escada. Se os degraus forem baixos, com um passo normal, você conseguirá subir sem muito esforço e por bastante tempo. Se os degraus forem altos e você quiser subir rápido, não chegará lá em cima sem ter que parar e tomar fôlego. Se conseguir chegar, estará todo dolorido e com a freqüência cardíaca nas alturas.

O mesmo acontece com o ciclismo quando retornamos aos treinamentos depois de um grande período sem pedalar (normalmente, por mais de um mês; às vezes, anos). Nesse caso, depois de tanto tempo longe dos pedais, se você quiser sair pedalando como quando estava "treinadaço", com transmissão pesada, vai acabar herdando uma dor nos joelhos - e outras por todo o corpo. Os músculos não estão mais acostumados com o esforço, estão um pouco atrofiados.

Provavelmente, você vai se desestimular mais uma vez porque voltou com tudo - achando que só porque um dia pedalou forte, pedalará sempre.

Esse primeiro mês de giro é o mais importante para todo o resto de sua vida ciclística. É nesse período que você aprenderá a pedalar, percebendo o movimento.

Mão leve nos shift-levers!

Na volta às pedaladas, a relação de transmissão deve ser leve, de preferência acima das 100 ppm (pedaladas por minuto). Sem forçar, fluindo fácil.

Os pneus devem ser, de preferência, de baixo peso e slicks (lisos) no caso de uma mountain bike - e calibrados com a pressão máxima. Sendo assim, eles facilitarão a inércia da bike, segurando-a menos no asfalto.

Na traseira do selim, normalmente o giro é melhor. Se sentarmos mais atrás do selim, giraremos com maior facilidade. A elevação das pernas ficará facilitada - tanto é que é mais fácil girar numa bike tradicional de ciclismo ou numa mountain com ângulo do tubo de selim em torno dos 73 graus contra 78 graus numa específica para triathlon. Esqueça a distância e a velocidade média do treino, que deve durar de uma a duas horas no máximo. É basicamente um passeio com transmissão bem leve, alternado com os exercícios educativos - ou seja, momentos em que estaremos atentos em cada uma das fases da pedalada. O importante é a qualidade. Faça tudo com muito prazer, procurando sentir tudo o que acontece com a musculatura das pernas.

Pedalada redonda

Educativo 1: retorno

Na passada dos pés pela parte de baixo da pedalada, você deve sentir os pés como se estivessem limpando as solas dos sapatos num tapete, tirando-lhes a terra. Faça força somente na parte de baixo da pedalada (ou seja, uma perna impulsiona a outra para cima). Faça esse educativo em três séries de, no máximo, um minuto por treino, alternado com os educativos 2 e 3.

Educativo 2: puxada

Concentre-se e comece a perceber os joelhos subindo e passando pelos pontos altos da pedalada. Faça com que eles subam ao máximo, sem que o movimento fique pontudo, quebrado. A pedalada vem de baixo e de trás - e não somente de baixo, como a gente acredita. Procure impulsionar a bicicleta somente com o movimento da puxada das pernas, sem fazer força para baixo. Não desanime se parecer que a bike não sai do lugar. Lembre-se que você está fazendo somente uma parte da pedalada.

Sinta o movimento e perceba que, para aumentar o giro, é fundamental a ascensão das pernas. Como esse exercício utiliza um grupo muscular maior, tente completar um minuto de tiro. Lembre-se: o importante é sentir o movimento e não buscar a performance máxima. Se pensar nisso, estará acumulando muito ácido lático nas pernas.

Educativo 3: chute

Da mesma forma e intensidade dos educativos anteriores, perceba somente a fase da pedalada em que, após a perna se elevar, você "chuta" alternadamente com cada uma das pernas, preparando-as para a compressão.

Apesar de serem considerados "pontos mortos" da pedalada, os pontos alto e baixo devem ser sentidos e observados. Eles são a perfeita união entre a compressão e a puxada das pernas, fazendo com que a pedalada fique redonda e perfeita.

A compressão é a única fase em que você não precisa treinar, pois é a que você fez a vida inteira depois que aprendeu a se equilibrar na bicicleta.

Teste de cadência máxima: tiro de 10 segundos

O trajeto deve ser em asfalto o mais plano possível - e, de vez em quando, em quatro vezes por treino. Quando uma pequena descida embalar naturalmente, aumente o giro ao máximo, progressivamente e com pouco esforço, mantendo a pedalada redonda. Esse sprint deve durar, no máximo, dez segundos. A relação de marchas deve ser tal que permita um aumento de giro rápido e, no final do tiro, você "perca os pedais" (não consiga mais girar). O ideal é adquirir um ciclo-computador que informe a cadência, como o Sigma 1400 ou o Shimano Flight Deck.

Perceba que, quando realizamos o tiro de dez segundos, se a pedalada não está certa, o giro não aumenta e a pedalada fica falhada. Está aí um problema de coordenação. Procure lembrar dos educativos acima sempre que isso acontecer. Lembrar do joelho alto passando enquanto a outra perna "limpa os pés no tapete". Lembrar do pé chutando enquanto o outro está lá atrás. Pense em tudo ao mesmo tempo. E ainda pense tudo isso circular!

Batatas espremidas

Outro educativo para a pedalada ideal é a contração das batatas das pernas durante a aceleração, também conhecidas como panturrilhas ou gastrocnêmios. Essa contração não deve se estender por muito tempo. São poucas pedaladas, somente no momento de aceleração. Só um atleta treinado conseguirá realizar esse movimento por bastante tempo, usado muito em situações de pedalada ao máximo. Ela deve ser utilizada para acelerar. Ao atingirmos nossa rotação máxima, devemos procurar a manutenção do giro, relaxando as "batatas" e soltando o movimento.

Sinta a perna inchar, sinta os músculos das coxas irrigados, trabalhando ao máximo. Essa sensação da perna "cheia" é sentida, sobretudo, na elevação da perna. E termina no final da compressão.

Pode parecer difícil, mas é um exercício de coordenação, que aos poucos passará para seu subconsciente - sendo, depois de um tempo, automático. Mesmo um atleta experiente, quando volta às pedaladas ou quando está necessitando da máxima performance, precisa de concentração.

Organizando os tiros

1. Os educativos podem ser inicialmente feitos com rotação mais baixa. Aumente a transmissão, utilize uma marcha um pouco mais pesada e confortável do você utiliza quando busca os 100/110 ppm (pedaladas por minuto) - até que o objetivo seja alcançado (até que você consiga sentir somente a parte da pedalada do educativo).

2. Faça força somente na fase da pedalada mentalizada naquele momento, completando o resto do ciclo sem força alguma. Perceba que cada "pedaço de pedalada" utiliza músculos diferentes. Após alguns segundos, você os sentirá "queimando", como na musculação. Por essa razão, não exceda mais do que um minuto em cada exercício. Se não der para fazer um minuto de exercício, no mínimo execute vinte segundos. Para ajudar, conte mentalmente 1-2, 1-2, 1-2, relacionando a cada uma das pernas. Cuidado para não se machucar fazendo muita força. Lembre-se: o importante é sentir e fortalecer aos poucos os músculos, que normalmente não são bem trabalhados. Um exemplo: quando fizer o exercício do chute, você sentirá o músculo tibial, o que fica à frente e ao lado da canela. Esses exercícios servem também para que você aqueça toda a musculatura antes de um treino ou competição.

3. É até uma redundância, mas é sempre bom falar: faça muito alongamento antes e depois do treino, com calma e cuidado. Se você ainda não sabe como, acesse meu texto em www.andersonbicicletas.com.br(clique em anderson magazine/preparação física/alongamentos).

4. Para a realização desse treino, certifique-se de que os pés estão bem fixos e de que o calçado está apertado ao máximo, deixando os pés justos dentro das sapatilhas. No caso de firma-pés, que as correias estejam apertadas ao máximo (sugiro que invista num bom par de pedais de encaixe e sapatilhas).

5. Portanto, o treino se desenvolve por, no mínimo, uma hora e deve ser organizado da seguinte forma:
a. alongamento
b. abdominais

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Cannondale

Cannondale

SCOTT MTB

CANNONDALE MTB

CANNONDALE MTB

CALOI ELITE CARBON MTB

CALOI ELITE CARBON MTB

OGGI MTB

OGGI MTB

CANNONDALE MTB

CANNONDALE MTB

OGGI MTB

OGGI MTB

CANNONDALE MTB

CANNONDALE MTB

OGGI MTB

OGGI MTB

CANNONDALE MTB

CANNONDALE MTB

Bikes, acessorios, peças ... na OFFICE BIKE, confiram

Confira mais detalhes na guia Produtos acima ou em nosso site: www.officebikebicicletaria.com.br

Bike, pneus, cubos, lubrificantes, eletrica, didas Renata Falzoni, ciclocomputer

Bike, pneus, cubos, lubrificantes, eletrica, didas Renata Falzoni, ciclocomputer
www.officebikebicicletaria.com.br

Quadro Vzan eagle 29

Quadro Vzan eagle 29

CALOI ELITE CARBON

CALOI ELITE CARBON

GIANT MTB

Roller Training

Roller Training
Clique na Imagem

Roller Training

Roller Training
Ótimo aliado para o treino e fitness no frio e chuva Clique na Imagem

CURTA NOSSA PAGINA NO FACEBOOK